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Tempo real de dedicação exclusiva às crianças

Uns dizem que um dos problemas da sociedade moderna é a falta de tempo dos pais com seus filhos. Outros defendem que não é a quantidade de tempo que importa, mas sim a qualidade. Mas o que seria a tal qualidade?

Vamos analisar ambas situações. Mas antes, gostaria de convidar os pais a sentarem-se no chão do quarto do seu filho por quinze minutos sem fazer nada. Nada! Ou seja, observá-lo e estar disponível.

Parece uma tarefa fácil, mas na prática não foi bem assim. Para praticamente todas as mães e pais para quem pedi, a situação foi embaraçosa porque não conseguiram. Certa vez foi o celular, outra chegou tarde, havia louça na pia, resolveu organizar as coisas, a criança estava agitada... Por fim, se deram conta dos inúmeros obstáculos físicos e emocionais que a maioria dos adultos tem para se ocupar quinze minutos exclusivamente com seus filhos. Uma mãe relatou seu sentimento de ambiguidade, pois percebeu que corre com outros afazeres da vida, enquanto chama seu filho de "minha vida”.

Essa experiência é uma forma de experimentar qual o rítmo, facilidade e dificuldade de cada um em sua rotina. Mas ficar quieto ao lado de uma criança vai muito além, permite que ela se aquiete sem riscos, e assim, ela interpreta que quando brinca tranquila tem os pais mais disponíveis, não corre o risco de perdê-los, podendo até brincar sozinha, mas não está sozinha (muitas vezes acontece o contrário, os pais aproveitam que a criança está entretida e correm para resolver outras coisas). Além disso, faz com que os pais consigam percebê-la integralmente, estão entregues, e então a troca passa a ser rica em sua essência! Só por este ponto, não precisamos mais discutir tempo ou qualidade das atividades, e sim colocar em pauta a qualidade da disponibilidade e da troca entre pais e filhos.

Estar disponível para seu filho faz com que ele se acalme, esteja seguro e possa comunicar o que deseja e o que acontece com ele. Precisamos reconhecer que a educação e convivência baseada no afeto positivo formam indivíduos seguros de si.

Chegou a hora de abandonar o discurso sobre limites e a postura autoritária, e voltar o olhar para dentro de nós mesmos, investigar as próprias potencialidades e dificuldades. Em geral, o autoritarismo se encontra nas limitações afetivas dos adultos que os impedem de se relacionar com a alma aberta. Nesses casos, as crianças lhe pedem aos gritos que abandonem os disfarces e se encarreguem de construir vínculos a partir da realidade emocional de cada um.

Esteja entregue e se desprenda de certas máscaras no tempo que estiver com seu filho, torne cada instante realmente valioso. Consequentemente, constatamos que isso não é possível com apenas poucos minutos do dia dedicados ao seu filho, nem que passar o dia próximo com a alma distante.

Por fim, cada mãe e cada pai será consagrado com aprendizados, sentimentos únicos, intimidade, reconhecimento e tantas outras gratificações vindas desse tempo de dedicação real aos seus filhos!

Transformem-se!

Imagens: reprodução Google

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Aproveite e seja um aprendiz consciente!

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